sábado, 1 de janeiro de 2011

Suficientemente és (Bem que se quis!)


Eu nunca fui. Nem nunca serei. Foi como se quis (e ainda bem que se quis ). Bem que se quis que fosse tudo de outra forma, quis-se que tudo mudasse, fosse diferente. Só que eu não quis . Porque se eu não quisesse que fosse assim, não seria. Seria diferente. Diferir-ia completamente do eu que sou eu... E eu não te conheceria. Tu, o mais puro dos meus desejos, dos meus anseios. O meu anjo, meu passado, meu presente... Pelo futuro apenas aguardamos: nunca se sabe o que nos espera. Num piscar de olhos tudo se vai, pois é efémero, ó destino cruel!

Estás gravado, cravado em mim. És tudo o que penso, mais que o ar que eu respiro. Se eu de barro fosse feito, eras tu o meu sopro de vida. Tenho sede de ti. Em mim é como se batesse o teu coração, e o teu sangue corresse nas minhas veias. Quem explica essa física, sem física, qual metafísica? Nada, nem ninguém. É puro, genuíno. E o segredo é... Mistério eterno. Imutável é o que sinto por ti. Nem por metamorfose as asas da borboleta ficariam mais belas. Indubitável é o que guardo no peito. Nem as leis da física são mais certas. Podes ter mais certeza do que da veracidade do ar que respiras.

És tu, só tu, sempre tu, tu és.