quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Gladiar


Eu hei-de arcar com as consequências. Derramar as lágrimas de sangue da dor que me fizeste sentir. Mas por mim mesmo. Sem ajudas, nem apoios. Cadeiras de rodas são para aleijados. E muletas também. Eu só quero... quero... tentar. Por mais que seja em vão, deixem-me tentar. Eu sei que vai doer, e que vou magoar-me outra vez. Mas eu quero.

P.E.R.S.E.V.E.R.A.N.Ç.A! Aprendi assim. Garras afiadas, olhos nos olhos, adrenalina ao rubro, reflexos no máximo. Vontade de lutar. Cair. Levantar. Dar.Levar. Sangue. Guerra. Amor.

Ódio? Só de mim mesmo. Só de mim mesmo por ser assim, e ter aprendido assim. Ah, quem me dera se tudo fosse diferente. Luto em vão. Nunca valerá a pena. Mas luto, pela minhas próprias mãos. E se eu errar. Culpem-me. Eu não vos culpo. Eu quis assim.

Mas se eu vencer, aplaudam-me, rejubilem a minha vitória! Foi pelas minhas mãos, meus encorajamentos.

Se valerá a pena? Nada é por acaso. Se eu quero, larguem as amarras. Nem tudo precisa de razão.