quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Winds of changes! And now is over.


Antes mesmo de o seres já o és. Aqui, dentro do meu sofrido e frígido coração. Eu menti para todos... E comecei a acreditar na falsa história de que o amor não era só um sonho meu. Acreditei piamente na história descabida de que me amavas também. Eras só meu, e eu só teu, e que puro e sincero era o nosso amor. Eu vivia isso como se fosse verdade.

Mas não não era. Contigo um mais um não eram, não são nem nunca seriam dois. O que interessava eram os teus prazeres, as tuas vontades. As tuas satisfações eram a prioridade e eu, bem, eu que me resolvesse. Afinal de contas, a mão serve para alguma coisa.

É o fim. Não vou (digo, não quero, porque não mandamos em nós, quem manda é o que chamamos de coração) mais procurar-te. Fazes parte de um passado do qual eu não quero mais saber. Um livro escrito (mais rabiscado, na verdade), cheio de emendas e consertos, erros e desacertos. Não quero mais procurar-te.

Não és. Foste. Hoje, antes de seres, já és para mim. Simples poeira do espaço, não é mesmo? Poeira.

Não me procures mais. E se algum dia procurares, sou a poeira que o vento soprou e dissipou pelo ar. Despersonificado estou e para ti não sou (nem quero ser) nada.