
E todas aquelas coisas lindas tu que me disseste ontem, aquelas de quanto tu me amavas e de que eu era o único, eu apaguei, meu anjo. Apaguei. Como o sal, atirei-as ao mar e elas desfizeram-se. Evaporaram. Tudo o que me disseste eu queimei na lareira, enquanto chorava. Cartas de amor, de promessas mil. Mentiras tuas, nas quais eu acreditei. Pois tudo não passava de palavras ao vento, sopradas numa intensidade de furacão perturbador, atordoante. Um tudo que foi tudo e que agora... Agora, já não é nada. Apenas ilusão. Utopia!
Doeu, mas já não dói. Sofri, mas já não sofro...
Um tudo que foi tudo. E que agora não é nada.
Adeus, meu anjo. Vá em paz! E não mintas. Nunca.
Sem rancores, nem mágoa. Apenas... amigos.
"As palavras, meu amor, estão gastas, e o que ficou não chega para afastar o frio entre quatro paredes...